sexta-feira, 26 de junho de 2015

SESC FAZ DOAÇÕES DOS ALIMENTOS RESGATADOS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ACRE, QUEM GANHOU FOI A COMUNIDADE.









ESSES ERAM OS PRODUTOS RESGATADOS PELO SESC QUE ESTAVAM ESTRAGADOS, O PREFEITO CARLINHO "ADERBAL" DE PORTO ACRE, FOI PARA EMPRESSA DIZER QUE NÃO TINHA NADA ESTRAGADO "METIROSO"





OLHA A POUCA VERGONHA DESSE INCOMPETENTE PREFEITO ADERBAL "CARLINHO", TANTA GENTE PASSANDO FOME, ELE EXPLICA QUE OS DONATIVOS ERAM PARA DOAR GRADATIVO, A FOME NÃO É GRADATIVA NÃO QUANDO VEM..

Doações para atingidos por cheia estragam em depósito, no Acre

'Incompetência da administração pública', diz moradora de Porto Acre.
Prefeito não estava na cidade, mas deve se posicionar ainda nesta quarta.

Quésia Melo e Tácita Muniz Do G1 AC
Centenas de donativos que deveriam ter sido entregues às vítimas da pior cheia da história de Porto Acre, município distante 72 quilômetros de Rio Branco, estragaram antes de chegar às mãos de quem mais precisava. Colchões, leite em pó, massa para mingau e galões de água são mantidos em um depósito e em salas de uma escola abandonada no município. A denúncia foi feita por moradores.
O funcionário público, Pedro Bezerra, 46 anos,  procurou formalizar a denúncia no Ministério Público do Acre (MP-AC) nesta quarta-feira (24). Indignado com a situação, ele conta que recebe ameaças por causa da denúncia e que lamenta pelas pessoas que nunca chegaram a receber a ajuda necessária.
"Muitas pessoas passaram fome na beira do rio e perderam tudo, enquanto isso, a prefeitura faz esse descaso com a população. Com essa denúncia, esperamos uma resposta das autoridades, mas não adianta ele tirar esses alimentos e materiais de um local e jogar em outro, o que ele precisa fazer é distribuir para o povo carente que sofreu na alagação", destacou.
Alimentos e colchões estão armazenados em depósitos da cidade  (Foto: Quésia Melo/ G1)Alimentos e colchões estão armazenados em depósitos da cidade (Foto: Quésia Melo/ G1)
"A gente soube disso esses dias. Uma pouca vergonha do prefeito, pois confiamos a ele quatro anos de gestão pública e ele faz isso. É uma canalhice, eu defino como palhaçada. Roubo, muito roubo", fala, indignada.A notícia chocou a pequena cidade. Os moradores estão revoltados com a situação como é o caso de Márcia Barbosa, que define o ato como "incompetência da administração pública", Insatisfeita com a situação, a moradora cobra um posicionamento do Ministério Público do Acre (MP-AC).
Ao menos 160 colchões estão abandonados, mofando em um depósito da igreja. Enquanto os atingidos pela cheia, como dona Maria da Conceição, que mora com mais sete pessoas no município, não chegou a receber a doação, mesmo tendo necessidade.
"O que a gente recebeu foram alguns itens do sacolão. Água ainda cheguei a receber e uns dois pacotes de leite. Para a dormida, dei um jeito, a gente conseguiu colchões com algumas doações", diz.
Centenas de sacolões estão espalhados em salas da Escola Municipal Nilcen Machado da Rocha, que segundo o morador Jairo Nery, de 33 anos, está abandonada. De acordo ele, é possível ver a movimentação de carros da prefeitura saindo com alguns dos donativos, mas, segundo os moradores, não chegam à população atingida pela cheia.
"Quero que o MP tome providência, porque ele [prefeito] não deu essas coisas para quem necessitava. Tem um cadastro e era possível controlar quem realmente necessitava de doações, ele não tem que agir pela política dele não. Vejo saindo donativos e os alagados não recebem. Para onde estão indo?", questiona Nery.
Moradores se revoltam com descaso da prefeitura  (Foto: Quésia Melo/ G1)Situação revoltou moradores da cidade
 (Foto: Quésia Melo/ G1)
O aposentado Antônio Silva, de 64 anos, tenta achar refúgio no bom humor. "Não vi nem foto de colchão. Eu mesmo perdi um quando a água subiu de repente e não deu para tirar. Se tivesse recebido, teria sido bom demais", diz.
A aposentada de 63 anos, Maria Nonata de Paula, diz que chegou a receber alguns itens de sacolão, mas diz que se sente triste ao saber que tanta coisa foi armazenada, enquanto tanta gente estava precisando. "É uma decepção, tanta gente precisando, comprando, se endividando, dando seu jeito e até agora nunca recebemos e não vamos receber", lamenta.
O G1 tentou entrar em contato com o promotor Adenilson de Souza, que responde pela promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público e Fiscalização das Fundações e Entidades de Interesse Social, mas ele estava em uma audiência e não pôde atender a equipe.
O prefeito de Porto Acre, Carlos Portela, também não foi encontrado para esclarecer o fato. De acordo com assessoria, o gestor está em um ramal afastado da cidade, mas deve se posicionar ainda na tarde desta quarta-feira (24).
Entenda o caso
Em março deste ano, o Acre registrou a maior enchente já registrada no estado. Em Porto Acre, as águas subiram e chegaram a atingir 260 famílias, segundo a Prefeitura da cidade. O prefeito do município, Carlos Portela,  chegou a decretar situação de emergência. Os donativos foram recolhidos durante campanhas, onde as doações foram concentradas na capital acreana e depois enviadas para os municípios atingidos pela cheia, para que os alagados pudessem ter apoio.
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Pilhas de colchões estão abandonados em depósito de Porto Acre (Foto: Quésia Melo/ G1)Pilhas de colchões estão abandonados em depósito de Porto Acre (Foto: Quésia Melo/ G1

terça-feira, 9 de junho de 2015

Vereadores terão que explicar gastos de R$ 80 mil em diárias

Da redação ac24horas 09/06/2015 07:57:17 unnamed (1)
O pagamento de diárias de viagem em diversas câmaras municipais do Estado do Acre está se transformando num imenso ralo no qual escoa o dinheiro público. Depois de levantar dados dos gastos com essa rubrica, na Câmara Municipal de Rio Branco – que pagou em 2014 mais de meio milhão de reais em diárias e passagens – o ac24horas descobriu que no legislativo do interior, a prática com abuso no pagamento de diárias é a mesma.
LEIA MAIS:
>>>Câmara de Rio Branco pagou meio milhão com diárias e passagens

A reportagem teve acesso a documentos oficiais que revelam gastos com essa modalidade de quase R$ 80 mil por parte de 9 vereadores no município de Acrelândia, cidade com pouco mais de 12 mil habitantes, localizada na BR 364, porta de entrada do Acre – 100km da capital Rio Branco.
O Ministério Público Estadual de Acrelândia, após a realização de inquéritos civis, ajuizou uma ação civil por ato de improbidade administrativa contra todos os vereadores do município. O comportamento dos Vereadores, segundo o órgão controlador, “afronta a transparência cujo fim é o conhecimento pela sociedade, a toda hora, do que os administradores estão fazendo”, diz o relatório.
Além disso, alerta o Ministério Público que “a ausência de transparência viola a moralidade e a publicidade, princípios constitucionais norteadores da gestão pública”, acrescenta o documento.
Para se ter uma ideia de como vem sendo gasto os recursos públicos destinados aos vereadores, o ex-presidente da Câmara Municipal de Acrelândia, Claudemir Albuquerque (PROS), recebeu, de acordo levantamento do Parquet, 13 vezes a mais do que o próprio salário bruto, somente com o pagamento de diárias.
Claudemir embolsou R$ 36,4 mil. Assim como os demais vereadores, ele tem vencimento bruto de R$ 2.700,00 ao mês.
O vereador Djalma Pessoa (PP) é o segundo do ranking. Ele embolsou R$ 19,5 mil com o pagamento de diárias. Nem mesmo o atual presidente da Câmara, o petista Nerecil Rodrigues, escapou de receber os benefícios acima do próprio salário, o total de R$ 6,5 mil.
O valente opositor, vereador Ariston Jardim (DEM) também não ficou fora da lista divulgada no final da tarde de ontem (8) pelo Ministério Público Estadual. Ele recebeu indevidamente, R$ 2,4 mil. Acima dele está a vereadora Rosângela, que aceitou o pagamento de R$ 4,4 mil em diárias e outro progressista, o vereador Sionayton Staut, que recebeu mais de R$ 5 mil na mesma modalidade.
Quem menos recebeu o benefício foram os vereadores Hamilton Cleison (PT) e João Garcia (Solidariedade), as vantagens desses dois ficaram na casa de R$ 1,8 mil e 1,3 mil respectivamente.
A ausência dos relatórios que deveriam esclarecer os objetivos das viagens, roteiro e despesas nos deslocamentos levou o Ministério Público abrir um procedimento administrativo que culminou com a ação civil pública proposta.
Foram 293 diárias, em tese, deveriam constar nos arquivos do Poder Legislativo, o mesmo número de processos. A Câmara Municipal de Acrelândia não possui um Portal de Transparência. Os vereadores realizam sessão ordinária uma vez por semana.
“Assim, impossível o povo e os órgãos de controle, interno e externo, fiscalizarem a legalidade e a finalidade pública das diárias pagas” relata o documento. O promotor pediu a devolução dos recursos recebidos indevidamente por todos os vereadores. Além de devolverem o dinheiro, se ficar comprovada a improbidade administrativa, os vereadores podem ficar inelegíveis.
O Ministério Público Estadual não divulgou por qual período fez o levantamento do pagamento de diárias.
O OUTRO LADO – A reportagem procurou o atual presidente da Câmara Municipal de Acrelândia, vereador Nerecil Rodrigues, mas segundo a secretária, o mesmo encontrava-se em reunião. À noite, Nerecil não pode atender a reportagem por causa da sessão ordinária.
O vereador Ariston Jardim, do DEM, disse que está tranquilo com relação a denuncia e que em três mandatos, recebeu apenas R$ 2,4 mil em diárias. Apoiando a investigação, Ariston afirmou que tudo será devidamente esclarecido.
Veja abaixo o ranking de vereadores com relação ao recebimento de diárias e o que vai ter que restituir aos cofres públicos:
1) CLAUDEMIR DE ALBUQUERQUE SOARES, valor a restituir     R$ 36.415,21
2) DJALMA PESSOA DE OLIVEIRA, valor a restituir                         R$ 19.513,00
3) NERECIL RODRIGUES DE SOUZA, valor a restituir                     R$ 6.506,50
4) SIONAYTON RODRIGUES STAUT, valor a restituir                     R$ 5.005,00
5) ROSÂNGELA SILVA SANTOS, valor a restituir                             R$ 4.413,50
6) ARISTON DE SOUZA JARDIM, valor a restituir                             R$ 2.411,50
7) JOSUÉ SILVA DOS SANTOS, valor a restituir                                 R$ 2.411,50
8) HAMILTON CLEISON DE MATOS HOLSBACH, valor a restituir   R$ 1.865,50
9) JOÃO GARCIA RODRIGUES, valor a restituir                              R$ 1.319,50 reais.